28.1.06

De que falamos quando falamos de amor

Esta pergunta do escritor R. Carver poderia servir de introdução à primeira encíclica papal de Bento XVI: Deus caritas est (Deus é amor)

É interessante que a encíclica comece por uma espécie de in-versão da frase de S. João onde se diz que o Verbo é amor; aqui começa por dizer-se que o amor é verbo, ou, mais à letra, que é, antes de mais, um problema de linguagem.

Dos termos gregos relacionados com o amor (eros, philia, agape), é sobretudo este último que é usado na bíblia, enquanto eros teria sido marginalizado; é pelo menos a crítica que muitos, em particular alguns filósofos, como Nietzsche, fazem ao cristianismo: como se este tivesse envenenado eros.

Mas será que o cristianismo destruiu verdadeiramente eros? É a pergunta de Bento XVI. O resto da encíclica é a resposta - negativa - a esta questão. É uma "história de amor" em duas partes.

É caso para dizer: a-deus Nietzsche. Deus (não) está morto. A religião triunfa, apesar do "império" da ciência.

http://www.vatican.va/phome_po.htm





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