4.10.09

Nos confins da modernidade

Foi graças ao fotógrafo contemporâneo Hans Sylvester - um alemão vivendo no sul de França e que fez a opção pelo "livro" em detrimento das galerias de arte - que estas imagens nos chegaram dos confins da civilização: uma "primitiva" tribo africana que habita as margens do Omo, um rio que atravessa a Etiópia, o Sudão e o Quénia e que faz uma arte nada "primitiva".

Contrariamente à ciência e à tecnologia, que evoluem de forma clara e irreversível, fazendo naufragar as velhas teorias, procedimentos e visões do mundo, na arte não há "evolução"; pelo menos, no mesmo sentido.

É por isso que muitos artistas contemporâneos se sentiram - e continuam a sentir - atraídos por esta arte, pelo saber fazer das tribos ditas "primitivas". É que, efectivamente, mesmo sem entrarem no rio da modernidade, elas já se banham em águas da mais pura vanguarda.

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