10.11.10

O dever de pensar

O tempo é de crise, diz-se.

Vivemos numa época  - dizia Bernard-Henri Lévi no seu último livro - que não é só de crise mas, sobretudo, de uma grande confusão. Uma confusão generalizada. (Cf. De la guerre en philosophie, p. 7-10).

Aos que baixam os braços, de um lado, sentindo-se impotentes ante a fugacidade, a liquidez e a completa soltura dos acontecimentos - sem nada que os ancore, que os amarre - respondem, do outro, os imperativos da avaliação, da produtividade, cujo modelo é a azáfama - incansável e inútil (inútil?) - de um formigueiro ou a linha de montagem de carros altamente "cilindrados"...

O que fazer, então?

"(...) o dever de pensar, continua de longe, de muito longe, o mais elevado." É ainda Bernard-Henri Lévi que o diz.

Eis a guerra da filosofia. Mas será apenas, nesta época de muitas guerras, uma guerra da filosofia?

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