Há cada vez mais políticos e economistas que advogam que deveria medir-se a "felicidade", tal como se mede, por exemplo, o PIB.
É uma ideia interessante. Na verdade, que importa que o PIB não cesse de crescer (ainda que este não seja o nosso caso, como é sabido) se a felicidade dos indivíduos não pára de murchar?
Contudo, a ideia de introduzir uma "medida" na felicidade (um conjunto de parâmetros susceptíveis de manipulação) não deixa de arrepiar. A felicidade tornar-se-á cada vez mais uma questão política e económica.
E, tal como já declaramos os nossos rendimentos, quem nos garante que não vamos ter de declarar, em breve, a nossa felicidade?
O imperativo da avaliação e da medida não conhece fronteiras. Que liberdade - que felicidade - restará então ao sujeito na era da "loucura quantitativa"?
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