31.1.05

Animais atópicos

Dei por mim a pensar (o que procuro fazer cada vez menos) em animais atópicos.

O gato, por exemplo, é um animal atópico: sem lugar certo, dando-se a quem não o quer agarrar, escapulindo de quem o agarra.

Já o cão gosta de prender-se ao dono e ao lugar. É mais tópico (de topos) que o gato.

As mulheres são animais essencialmente atópicos. Não digo atípicos. Até o dr. Freud não sabia muito bem onde situá-las. E elas, sabem?

Se a sexualidade fosse animal (e talvez seja) seria, de certeza, um animal atópico: sem lugar e sítio definidos. Como o desejo: atópico, por excelência.

Juntar mulheres, gatos e sexualidade poderia dar um animal engraçado. Foi o que pensei.

Mas já Balthus o havia pensado primeiro. E como era um homem de acção, um pintor, não só o pensou como o fez.

Raparigas com gato. Entendam como quiserem!

1 comentário:

Anónimo disse...

Cada vez melhor!