Dei por mim a pensar (o que procuro fazer cada vez menos) em animais atópicos.
O gato, por exemplo, é um animal atópico: sem lugar certo, dando-se a quem não o quer agarrar, escapulindo de quem o agarra.
Já o cão gosta de prender-se ao dono e ao lugar. É mais tópico (de topos) que o gato.
As mulheres são animais essencialmente atópicos. Não digo atípicos. Até o dr. Freud não sabia muito bem onde situá-las. E elas, sabem?
Se a sexualidade fosse animal (e talvez seja) seria, de certeza, um animal atópico: sem lugar e sítio definidos. Como o desejo: atópico, por excelência.
Juntar mulheres, gatos e sexualidade poderia dar um animal engraçado. Foi o que pensei.
Mas já Balthus o havia pensado primeiro. E como era um homem de acção, um pintor, não só o pensou como o fez.
Raparigas com gato. Entendam como quiserem!
1 comentário:
Cada vez melhor!
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