Na era da "loucura quantitativa", a "avaliação" surge como uma espécie de nova panaceia: pretende-se avaliar tudo e todos, acreditando, dessa forma, restituir ao mundo a confiança e a garantia perdidas.
A prova de que a "avaliação" pode chegar a ser uma ideologia e, mais do que isso, uma verdadeira impostura, é visível nas chamadas empresas de rating, que tantos estragos têm causado nos últimos tempos, em particular na economia e nas finanças europeias.
Há já quem fale na necessidade de "avaliar" a "avaliação" levada a cabo por estas empresas "avaliadoras". Seria preciso, talvez, revisitar Aristóteles para entender que estamos aqui ante o perigo de uma "regressão ao infinito": a avaliação precisa de ser avaliada; por sua vez, a avaliação da avaliação precisa de ser avaliada; e por aí fora até...ao infinito.
Um beco sem saída, portanto!
É natural, por conseguinte, que até a economia ande nervosa...
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