Numa economia "nervosa", a grande escala, tende porventura a acontecer o mesmo que ao nível da "microfísica": quando se pretende "avaliar" objectivamente um determinado fenómeno acaba por se influenciar o comportamento do mesmo.
Não será também o que sucede com as empresas de Rating: ao pretenderem avaliar o "risco" da dívida deste ou daquele país não influenciarão - e, mais do que isso, determinarão - o seu próprio comportamento?
Não estaremos, então, perante aquilo que se chama - em particular no domínio da educação - uma profecia auto-realizada: os países considerados em risco acabam mesmo - quer estejam ou não verdadeiramente em risco à partida - numa tal situação?
Eis um dos paradoxos na era da "avaliação" (Jacques-Alain Miller) e da "sociedade do risco" (Ulrich Beck).
Sem comentários:
Enviar um comentário