Pelo contrário, o livro "o segredo" propunha-se, desde o princípio, revelar algo.
Há títulos assim: prometedores! Mesmo sem abrir o livro, a alma humana já começa a salivar, como diria Pavlov se tivesse "espírito"!
Pela quantidade de arremedos a que foi sujeito (o segredo do segredo, o segredo do segredo do segredo...) parece mesmo que aquilo que fascina mais em coisas deste género não é tanto o "conteúdo" revelado (banal e insípido), mas o significante enigmático que promete abrir as portas da...felicidade.
Daí, talvez, o paradoxo: numa era de absoluto predomínio da ciência, a "ideologia" e o "discurso" correntes não cessam de produzir "crenças" cada vez mais estranhas ao espírito científico.
Ou, então, a misturar no mesmo prato - como sói fazer-se em experiências culinárias cada vez mais eclécticas - ciência e crendice, ao gosto de cada um.
Haja, ao menos, bom gosto!
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