Ironia das ironias: supostamente, a avaliação visaria melhorar o ensino e a aprendizagem!
Quando o meio é extremamente complexo, sinuoso e labiríntico, rapidamente se perde de vista o fim pretendido. O processo burocrático torna-se kafkiano - para não dizer perverso - segundo uma lei, insensata, que a todos comanda.
Só este Ministério da Educação parece não ver, não querer ver (o que assenta num recalcamento) o que é claro para toda a gente, em particular aqueles que estão directamente implicados num tal processo: este sistema é inútil, cansativo, injusto e não tem futuro.
Entretanto, alguma coisa já se conseguiu: desmotivar os que estavam motivados, irritar os pacíficos, instalar a crispação entre velhos colegas, fazer sorrir os "oportunistas"...
Alguma coisa mexe. O mundo pula e avança, como dizia o poeta. Chama-se a isto: fazer reformas no ensino. Para o bem comum. O progresso do país e do mundo. E, já agora, o controlo do défice.