tag:blogger.com,1999:blog-10037512.post6069223191016577073..comments2023-06-10T14:04:01.576+01:00Comments on @topia: Travessia de um fantasma?Filipe Pereirinhahttp://www.blogger.com/profile/11688356147657238576noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-10037512.post-45037851615613695302011-07-08T00:58:19.611+01:002011-07-08T00:58:19.611+01:00Há aqui, é verdade, uma espécie de "salada ru...Há aqui, é verdade, uma espécie de "salada russa", salvo seja: alimenta-se toda uma retórica para-religiosa (é preciso acalmar e ter fé nos mercados, etc.)para ocultar o verdadeiro motor, imóvel, de tudo isto: o plus-de-jouir, a mais-valia, o lucro...<br />E há muita gente a lucrar, até mesmo aqueles (europeus)que, expirando estado de alma como quem deita o ar pela fala, desabafam agora contra as empresas de rating "americanas".<br />Daí que tenha havido até agora uma enorme incapacidade de agir na UE.Filipe Pereirinhahttps://www.blogger.com/profile/11688356147657238576noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10037512.post-24850589960330104922011-07-07T21:02:37.379+01:002011-07-07T21:02:37.379+01:00Boas Filipe.
Já que estas agências de rating não ...Boas Filipe.<br /><br />Já que estas agências de rating não fazem o seu próprio rating, talvez fosse bom fazer uma agência de rating das agências de rating. <br /><br />O problema é se depois esta agência de rating teria legitimidade para fazer o seu próprio rating.<br /><br />O problema do que é ou não legítimo, como é o caso da possibilidade de um rating (de uma medida... ou da medida correcta, como diria Aristóteles) do real é já um problema complexo. Religioso, como diz. Mas não só. Pois se a isso juntarmos uma boa dose de perversidade... temos lucro!<br /><br />Ao contrário dos diversos crentes no mercado, não me parece que as agências de rating e os interesses que elas servem estejam no ramo por questão de fé. Estão pura e simplesmente para facturar com a impotência e com falta de organização dos outros no que toca aos seus interesses (como é o caso da UE).<br /><br />IgorIgor Lobãohttps://www.blogger.com/profile/04012525585427692019noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10037512.post-5128342237733556992011-07-06T13:44:56.305+01:002011-07-06T13:44:56.305+01:00Mas gostaria de fazer um pequeno reparo ao meu com...Mas gostaria de fazer um pequeno reparo ao meu comentário, para que não seja mal interpretado.<br /><br />É óbvio que é clara e simples a lógica subjacente ao abaixamento do "rating" de Portugal pela agência norte-americana. É a lógica especulativa. Só não vê quem não quer ver.<br /><br />Mas para aqueles que idolatram estas agências, os crentes, tal decisão é um mistério desta nova divindade. Um desígnio imperscrutável deste novo deus.<br /><br />Como é possível que não se aplaque, depois de tantos holocaustos?AMCDhttps://www.blogger.com/profile/00374367205419724167noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10037512.post-86169533972514971232011-07-06T13:08:51.332+01:002011-07-06T13:08:51.332+01:00Creio que também era Chesterton que relembrava, al...Creio que também era Chesterton que relembrava, algures, que quando deixamos de acreditar em Deus não passamos a acreditar em nada, mas, pelo contrário, em tudo! Até na "besta" dos mercados, das empresas de rating e coisa que o valha!filipe.pereirinhanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-10037512.post-54336126417984255632011-07-06T02:24:45.523+01:002011-07-06T02:24:45.523+01:00“Freud não tinha razão. Ele acreditava que a relig...“Freud não tinha razão. Ele acreditava que a religião sucumbiria frente à ciência. O que vemos nós, porém?”<br /><br />O que vemos nós? A subida ao lugar de Deus - onde supostamente Ele deveria estar (mas não está, morreu!) - de um conjunto de novas divindades entre as quais um novo deus: “os mercados”, esse Moloch insaciável, nas palavras de Z. Bauman.<br /><br />Confesso que a leitura do seu texto em particular da frase acima, que está entre aspas, me fez pensar no “Oráculo do Cão” de Chesterton, que algures reza assim:<br /><br />«O primeiro efeito de não acreditarmos em Deus é perdermos o senso comum e deixarmos de ser capazes de ver as coisas tal como elas são. Qualquer coisa que qualquer pessoa diga, e declare coisa corrente, ganha uma extensão indefinida como um panorama de pesadelo. E um cão é um portento, e um gato é um mistério, e um porco é um talismã, e um escaravelho é um deus, e temos de novo todo o jardim zoológico do politeísmo do Egipto e da velha Índia; o cão Anúbis e a Leoa Pachet e os clamorosos Touros de Bashan; eis de regresso os deuses bestiais do início, que se confundem com elefantes e serpentes e crocodilos; e tudo isto, porque nos assustam as palavras que dizem: “Ele fez-se Homem”.»<br /><br />Chesterton citado por Slavoj Zizek, Violência, Relógio D’Água, 2008, pág. 160<br /><br />Ora estas classificações das agências de “rating” e a lógica que subjaz à atribuição das mesmas, são coisa do outro mundo, um portento, um mistério, uma coisa bestial…<br /><br />Saudações.AMCDhttps://www.blogger.com/profile/00374367205419724167noreply@blogger.com